Dor de ouvido no avião. E agora?

Dor de ouvido é sempre um sufoco.

 

 

E se pega a gente de surpresa dentro do avião, pode ser ainda pior. As incertezas sobre a causa, as dúvidas sobre como amenizar o problema ou tratar um trauma já ocorrido e a distância de casa (e do nosso médico de confiança) tornam tudo mais complicado. Mas, fique tranquilo! Dores nos ouvidos durante a aterrissagem e pouso do avião são bastante comuns – muito mais do que você pode imaginar! – e, dificilmente estão associadas à problemas sérios ou têm consequências preocupantes.

 

PORQUE AS DORES ACONTECEM?

As dores ocorrem, em grande parte, por conta da variação da pressão atmosférica ocasionada pela altitude do avião. Durante o procedimento de pouso, as dores são mais comuns e podem ser mais fortes, uma vez que o deslocamento do avião é mais rápido e brusco, mas elas podem acontecer também durante a decolagem, embora com menor intensidade e menos frequência. Pessoas que sofrem de sinusite, estão ou estiveram resfriadas alguns dias antes da viagem tem maior tendência a sofrer de dores nos ouvidos durante o voo e, nesses casos, a dor pode se espalhar também para a região dos olhos e nariz, onde há maior acumulo de muco.

 

 

DICAS PARA AMENIZAR O PROBLEMA:

  • Compressas quentes – o comissário ou aeromoça podem fornecer um copinho com água bem quente e lencinhos. E não tenha pudor em pedir, não! Na primeira vez, fiquei bem encucada achando que estava pedindo algo fora dos padrões, rs… Bobeira… Como já disse, essas dores são muito mais comuns do que a gente imagina e quem trabalha a bordo está super acostumado! Pode pedir sem grilo…

 

 

  • Técnicas para equilibrar a pressão – sabe aquele movimento que a gente faz quando mergulha e sente o ouvido doer? Então… Ele também serve no avião. Basta tapar o nariz e “assoprar” com a boca fechada. Só cuidado com a força, ok? Outra forma de equilibrar a pressão é abrir bastante a boca, como forçando um bocejo. Essa é uma boa técnica para quem viaja com crianças… Que pequeno não sabe imitar um leão?

 

 

  • Chicletes – uma forma, por vezes, eficaz de evitar as dores é mastigar chiclete durante a decolagem e pouso. O movimento da mastigação também ajuda na equalização da pressão nos ouvidos, reduzindo a chance de desconforto. O movimento de deglutição (engolindo a própria saliva mesmo) também pode funcionar e é uma boa alternativa para quem não leva um chiclete na bolsa.

 

  • Medicamentos – alguns medicamentos, em geral relaxantes musculares, podem ser utilizados nesse caso, porém, só um profissional especializado poderá indicar o que melhor funciona para você. Consulte um otorrino ou clínico geral e nunca esqueça sua farmacinha de viagem!

 

 

Para quem viaja com bebês, o ideal é manter a criança acordada e oferecer a mamadeira ou o peito durante os momentos mais críticos (pouso e decolagem), uma vez que o movimento de sucção funciona tal como a mastigação/deglutição.

 

 

Por fim, vale dizer que se você observar sangue, secreção ou se as dores forem muito fortes mesmo após algum tempo, é recomendado procurar auxílio médico, ainda que na viagem. Nesses casos, é importante que, o quanto antes, se faça uma avaliação profissional que possa descartar quaisquer traumas maiores aos ouvidos ou possa encaminhar o tratamento necessário.

Depois de bastante tempo rodando pelo mundo, boas e “nem tão boas” experiências, a gente aprende que imprevistos e contratempos sempre podem acontecer e que estar preparado para lidar com eles é o que garante viagens bem sucedidas. A contratação de um bom plano de assistência médica internacional é FUNDAMENTAL em qualquer viagem e – depois da compra das passagens – é sempre o primeiro passo nos meus planejamentos de viagem.

 

Fonte: imaginanaviagem.com