Por que acontecem as Auroras Boreais?

O QUE SÃO AURORAS BOREAIS?

As Auroras Boreais são fenômenos físicos visuais resultantes do choque entre prótons e elétrons vindos de explosões solares e os gases presentes em nossa atmosfera. Durante tempestades solares o sol ejeta massa coronal (explosão solar) que chega a terra através de um “fluxo” chamado de “vento solar”. Esta matéria coronal carregada de prótons e elétrons é atraída pelos polos magnéticos de nosso planeta, criando característicos círculos ovalados também conhecidos como Auroras Ovais. Nestes círculos este material solar fica em constante choque com os gases presentes em nossa atmosfera resultando na liberação de fótons, pequenas partículas responsáveis pela luz visível da Aurora.

COMPARATIVAMENTE:

Talvez um físico nos faça ameaças de morte, mas vamos tentar comparar a Aurora Boreal fazendo referência com uma lâmpada fluorescente. Quando o circuito da lâmpada fluorescente é alimentado, pulsos de alta tensão e de alta frequência ionizam o gás inerte, geralmente argônio.  O argônio quando ionizado se torna condutor, e a corrente passa então a trafegar pelo gás gerando constante choque de partículas. Este choque de partículas então emite uma radiação ultravioleta, que não enxergamos, mas graças a um pequeno truque, uma pintura a base de flúor ou fósforo no vidro da lâmpada, o espectro ultravioleta se torna visível ao olho humano.

Podemos correlacionar este choque das cargas elétricas com as partículas do gás nas lâmpadas, com o choque das cargas do vento solar que atingem as partículas dos gases de nossa atmosfera. Porém, invés de luzes ultravioletas, este choque de partículas em nossa atmosfera também geram radiação dentro do nosso espectro visível, entre cores que variam entre azuis, leves violetas, e passando pelo verde predominante até os tons mais avermelhados.

COMO SE FORMAM AS AURORAS

AS EJEÇÕES DE MASSA CORONAL (CME)

Voltemos ao exemplo da lâmpada. A energia que se choca com os gases presentes dentro dos tubos de lâmpada fluorescente é vinda da nossa rede elétrica, mas de onde vem a energia que se choca com a nossa atmosfera? Do sol!

O Sol é um astro inquieto, e sua enorme massa concentra naturalmente uma enorme energia que busca infinitamente o equilíbrio. Mas para que isto seja conseguido, ocorre um fenômeno conhecido como religação magnética. Estas religações criam rearranjos magnéticos no astro que são vistas por nós em forma da liberação súbita de energia; As explosões solares.

Estas explosões que buscam o equilíbrio magnético do sol correm pelo universo em fluxos plasmáticos extremamente carregados e em altíssimas velocidades, normalmente entre de 400 800km/s. Este fluxo chama-se vento solar, e simplesmente não destrói a vida na terra por conta de uma proteção natural magnética que desvia a maior parte deste fluxo solar. Esta proteção chama-se magnetosfera.

O VENTO SOLAR E A MAGNETOSFERA

Como vimos, as explosões solares causam ejeções de massa coronal que liberam no espaço um vento solar carregado de partículas magnéticas que chegam a terra entre dois a quatro dias. Este vento impossibilitaria a vida que conhecemos na terra se não fosse a nossa camada de proteção, a magnetosfera, mas é justamente a incapacidade da magnetosfera nos proteger completamente das radiações solares que nos dá o maravilhoso espetáculo das Auroras Boreais.

Quanto maior a carga trazida pelo vento magnético, menor é a capacidade de a magnetosfera desviar este fluxo por inteiro. Assim, as cargas que rompem esta proteção (proteção que muito se assemelha com a calda de um cometa) são atraídas para os polos de nosso planeta entrando em choque com os gases presentes em nossa atmosfera, e para alegria imensa alegria dos que acompanham o Fora de Foco, criando os fenômenos físicos visuais que conhecemos como Auroras.

 

 

Fonte: expedicoes.forafoco.com.br